segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Lei de Murphy

Quero compartilhar a minha longa e cansativa experiência viajando de volta para o Brasil, mas como contar de um jeito que você entenderão e não ficarão cansados de tanto blábláblá?
Tudo começou...

Taupo
... quando o casal de ia me levar para o aeroporto chegou em casa e me ajudou com as minhas duas malas, 25kg e 28kg cada. Eram 3 horas de Taupo até Auckland, mas nada se comparava ao que eu estava prestes a encarar mais tarde naquele dia. O meu voo estava marcado para as 16:30, então chegamos com mais ou menos três horas de antecedência. Então começaram as surpresas. Descobrimos que meu voo tinha sido adiado para a 01:00. UMA DA MANHÃ! O que que eu ia fazer em nove horas???? Bom, para não me deixar sozinha a mulher do motorista ficou comigo na fila do check-in, para me ajudar com tudo. Enfrentamos a fila de uma hora e no final tinha duas opções:

1. Ficar no aeroporto e eles me devolveriam o dinheiro;
2. Iria para um hotel com tudo pago e direito a uma refeição. Óbvio que escolhi essa opção. Nem ferrando ia ficar 9 horas sentada no aeroporto.

Hotel em Auckland
Fui para o hotel onde conheci alguns brasileiros que estavam no mesmo barco que eu. Tinha um jantar com vááárias opções... Macarrão com almondegas, arroz, frango adocicado e legumes cozidos. Nada mal quando você esta com fome. De sobremesa dois tipos de bolos, um mais seco que o outro, mas tudo bem... a cobertura salvava.
No quarto não tinha absolutamente nada para fazer, eu tentei ligar o wifi, mas não consegui; Tentei ver um filme, mas tinha que pagar; Tentei dormir, mas do jeito que estava pilhada e nervosa, nem pensava em cochilar naquelas horas. O jeito foi esperar sentada nas poltronas e conversar com um casal de kiwis que voltavam de um funeral na Austrália. . .
Enfim a van chegou e pudemos ir para o aeroporto e finalmente embarcar.

Avião: Auckland - Santiago
Apesar da viagem longa de 10 horas, eu não me importava muito. Nessa hora tudo o que eu queria era chegar em São Paulo. Consegui dormir bem, tanto que perdi uma das refeições. Viajei ao lado de um chileno que parecia ter saído de um baú de 200 anos. Como eu sei? Simples, pelo cheiro dele hahaha Mas apesar disso ele era um senhor simpático. Para passar o tempo vi dois filmes (Mulan e O Procurado), joguei vários joguinhos (batalha naval, sudoku, forca), dormi e comi. Confesso que foi difícil me descolar da poltrona, já que tinha ficado 10 horas sentada, mas no final deu tudo certo. Ou eu pensava que seria assim...

Aeroporto de Santiago - Chile
Chegamos às 20:30 do horário local lá no Chile, e nunca pensei que um aeroporto pudesse ser tão bagunçado quanto aquele. Primeiro que todo mundo foi seguindo as placas, até que quando chegamos no suposto lugar onde deveriam ser feitas o check-in para o próximo voo, eles nos disseram que na verdade era em outra porta lá do outro lado do mundo. Todo mundo ficou já meio puto com a situação de ter que voltar o trajeto, mas o que ninguém esperava é que essa outra porta estivesse trancada. Isso mesmo, não tinha nenhum funcionário para abrir a maldita porta e conclusão: ficamos uns vinte minutos esperando alguém vir e abrir a porta. Depois de passarmos, descobrimos que a fila para o check tinha ficado IMENSA, mas tínhamos que enfrentá-la de qualquer jeito. Depois de uma meia hora os funcionários formaram uma nova fila só para as pessoas que iam fazer a troca de avião para o Brasil, maaaas, o que ninguém esperava de novo é que a moça dissesse em um português bonitinho até (considerando que ela é chilena) que o próximo voo só seria no dia seguinte às 15:10hrs. Ai virou uma guerra. O povo ficou puto com a situação, até baixou segurança lá. Ficamos mais ou menos umas 3 horas lá para resolver o problema. Já estava todo mundo exausto por causa do voo, com fome e estressados, mas tínhamos que encarar o fato de que só sairíamos de lá às 15:10 do dia seguinte. Aí a moça me informou que, como os voo seriam trocados, eu deveria ir buscar as minhas malas e levar comigo até o hotel que eles providenciariam para nós, então tudo bem, desci e fui pegar as malas. Esperei, nada encontrei. Perguntei para a moça (e detalhe: ninguém naquele aeroporto parece saber ou gostar de falar inglês, porque, por mais que eu tentasse conversar em inglês, os funcionários sempre me respondiam em espanhol. Minha filha, se eu soubesse espanhol, já tinha perguntado em espanhol pra você, não acha????) onde estariam as minhas malas que eu não achava e ela me disse, depois de checar no computador, que elas iriam direto para São Paulo e eu pegaria assim que desembarcasse lá. Ótimo, tenho que dormir e tomar banho, mas não posso trocar de roupa, aí que beleza...
Aí eu tentei pensar pelo lado positivo: vou para um hotel descansar, comer alguma coisa, então tá tudo certo. Isso é o que eu pensava antes de descobrir que a van que ia levar a gente para o hotel nem estava lá. E outra, nem os funcionários do aeroporto sabiam dessa van. Conclusão: esperamos 2 horas para a van chegar e levar a gente até o hotel que ficava a 30 minutos do aeroporto (e só por causa da qualidade do quarto e comida que eu desculpo o fato de eles não acharem um hotel mais perto). Chegamos no hotel mais ou menos umas 2:30 da manhã e ainda fomos jantar, então eu só fui dormir às 4 da manhã (e agradeço o meu fuso horário por me manter acordada), mas só consegui 2 horas de sono. Ai de manhã era para a van nos buscar meio-dia, para chegarmos com antecedência lá no aeroporto, e quando chegamos no hotel deixamos bem claro que a van tinha que estar lá MEIO-DIA. Adivinhem? Isso mesmo, nada da van chegar. Aí esperamos até uma outra van que vinha de não sei onde chegar no hotel levando umas pessoas, e o jeito foi tentar persuadir esse motorista a nos levar até o aeroporto. Não tínhamos que pagar a van, porque a companhia aérea tinha que fazer isso, mas como a van não era no aeroporto, tivemos que bancar $80 para o cara, mas tudo bem, o importante é que tínhamos chegado lá a tempo.

Aeroporto de Guarulhos
Depois de quase 4 horas de viagem eis que chegamos em São Paulo (aleluia!). Ai no desembarque foi tudo bem, até chegar a parte de pegar as malas. Eu já estava cansada e queria ir para casa logo, fora que eu estava ansiosa para mostrar as coisas que eu tinha comprado na NZ para a minha família, mas esperei até ser a única lá na esteira. Um funcionário veio e me perguntou se eu tinha achado a mala, e eu disse que não. Ele me levou até a bancada e descobrimos que as malas iriam chegar só às 23 horas daquele dia, porque elas estavam em um voo diferente. Nossa, fiquei irritada, porque além dos atrasos, ainda minhas malas foram extraviadas. É muito para a cabeça. Mas como não podia fazer mais nada naquela hora, eu deixei os meus dados e ele disse que "no primeiro horário amanhã eles vão entregar as malas na casa da senhora" (detalhe para o senhora hahaha). Ai hoje eu esperei ansiosamente pelas malas, mas já vou deixando um aviso: não esperem que o "primeiro horário" da Tam seja antes das 5 da tarde. As minhas malas só chegaram aqui agora pouco, umas 20:00hrs. Isso porque era o primeiro horário, imagina quem tá esperando pelo último horário, né... É pra chorar mesmo...

Depois disso tudo só tenho a dizer que essa foi a viagem mais difícil e cansativa da minha vida! Agora é rezar para a próxima não ser nem parecida com essa!
Por um mundo onde as viagens de avião são mais relaxantes!!! hahahaha

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